sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Os vistos de Israel

Quem quiser visitar Israel, arrisca-se seriamente a comprometer viagens turísticas futuras. Ter um visto do estado hebraico no passaporte equivale a uma condenação a nunca pisar o solo dos países árabes vizinhos.
É esta a sina dos israelitas. Terem que lutar pelo seu estado contra os constantes ataques dos que os rodeiam. Sejam ataques políticos, bombistas ou morais. Por isso, é quase fácil compreender a magnitude do exército hebraico presente em toda a Israel e em toda a Palestina, a proteger os seus de qualquer ameaça. Se os palestinos sofrem com os check-points, também deve ser difícil para os israelitas viverem atrofiados numa redoma de cristal, rodeados de fardas verdes e metralhadoras.
O Governo de Telavive tudo faz para manter a população em segurança e tenta transmitir conforto a toda a gente. Apesar de a presença de soldados ser uma constante, Israel tem ruas bonitas, passeios limpos e arranjados, as pessoas são simpáticas e cordiais e, de repente, quase parece que estamos num país ocidental que, por engano, veio parar a um local distante e conflituoso.
Por muito duros e profissionais que nos pareçam os seguranças do aeroporto, notamos uma certa mágoa a bailar nos olhos quando pedimos para não nos carimbarem o visto de entrada no passaporte, mas sim numa folha à parte.
Eles sorriem, acedem e fazem o que pedimos. Porque aqui já aprenderam que há certas coisas que não vale a pena levar muito a peito.

Marta Velho

8 comentários:

  1. Monstruoso. Pobres israelitas que têm de viver nas suas ruas bonitas, passeios limpos e arranjados enquanto os maus dos palestinianos vivem nos escombros das bombas sionistas. É realmente difícil suportar a existência desses pestilentos árabes que nada têm a ver com os países ocidentais. Israel não. Um país agradável que veio parar a um local distante e conflituoso. Raios, para a próxima tentaremos melhorar o Médio Oriente para que os Ocidentais não se queixem quando venham ocupar as suas Palestinas e os seus Iraques.

    Bravo, Marta Velho. A extrema-direita israelita não escreveria melhor.

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  2. Quem conhece a teoria do espaço vital do nazismo sabe que ela é quase uma cópia a papel químico da teoria sionista. Onde se lê povo ariano poder-se-á ler povo judeu.
    De facto Marta... coitadinhos... deve ser doloroso ter que manter um exército tão grande para impedir os actos de resistência do povo que se teve que varrer da sua pátria para o povo escolhido por deus ter que chegar...
    Vá Martinha, sossega o teu coração sensível, se entrares na faixa de gaza ou na cisjordânia não terás nenhum carimbo a dizer que entraste num campo de concentração.
    Em breve voltarás à tua casinha e esquecerás o martírio dos pobres nazis que não encontram simpatia nos países vizinhos ao território que ocuparam!

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  3. O que a Marta e demais simpatizantes do nazi-sionismo desconhecem é que o "povo eleito" orgulha-se da guerra e orgulha-se de ter um exército forte. Foi o "povo eleito" quem escolheu a guerra e quem expulsou a população semita (essa sim, verdadeiramente semita) não-Judaica da Palestina para "fazer" um pseudo-Estado a que se convencionou chamar "Israel". Ou seja, ter pena dos coitadinhos "Israelitas" que vivem rodeados dos SEUS soldados... que cinismo atroz! E os Palestinianos que vivem ameaçados pela soldadesca nazi-sionista? Foram eles que pediram?

    Morte a "Israel" e ao nazi-sionismo.

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  4. uma tristeza para o jornalismo...



    Quase deixava escapar uma lágrima pelo teu visto, Marta. Por ti, pelos pobres soldados israelitas de "mágoa a bailar nos olhos" que acabaram de protagonizar um genocídio e já invadiram todos os países vizinhos e também pelo jornalismo português, cuja situação actual, tu representas perfeitamente, com esta grotesca caricatura sentimentaloide e desprovida de objectividade.

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  5. marta, a tua defesa da entidade invasora da palestina é demasiado ingénua para ser credível. ora tu dizes, por exemplo, que nos territórios dominados pela entidade invasora as ruas são bonitas e limpas. pois agora pensa lá porque são essas ruas assim e as reservadas aos que não professam a religião Judaica são assado?

    falas da presença do exército da entidade invasora nos territórios invadidos como se fosse um mal necessário. esqueces porém que foram os europeus que professam a religião judaica que quiseram invadir (sob sugestão dos nazis alemães) os territórios da palestina. invadindo esses territórios e para estabelecer um suposto país (cuja fundamentação se encontra numa lenda) os não-semitas massacraram e expulsaram a população semita local (mas só os que não professavam determinada religião)porque sabiam que seria impraticável dividir os territórios que a lenda lhes diz que são deles.

    resumindo: o suposto país que a entidade invasora diz ter criado não tem direito a existir porque foi criado como efeito de uma invasão fundamentada numa lenda. o povo semita não-Judaico foi expulso das suas terras tal como os Judeus foram expulsos pelos stukas nazis noutros tempos.

    a hora é a de exigir o fim da suposta nação criada com fundamentos bíblicos e de que esse suposto país reconheça o incondicional direito de regresso dos semitas não professantes do Judaísmo aos territórios que são seus e que haja um sistema político baseado no sistema de "um homem um voto". o novo século não pode ver supostos países supostamente criados com fundamentação em lendas que vendem muitos livros.

    além de tudo isto, a entidade invasora faz o favor de presentear a população semita não-judaica com constantes ataques (que a marta deve achar justificados em nome de uma personagem "metafísica") e, assim sendo, tem a obrigação de pagar ao povo semita que não acredita na lenda do "antigo testamento" avultados valores para o ressarcir das suas perdas aquando da invasão de 48.

    reconhecer que o suposto país criado pelos invasores em 1948 tem o direito a existir é exctamente igual a reconhecer que todas as vítimas do Holocausto foram justas.
    o estado pária criado por invasores deve terminar imediatamente.

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  6. Achar que que todos os israelitas são os soldados que disparam sobre Gaza ou os políticos que decidem a ocupação das terras, é o mesmo que achar que todos os palestinianos são o Hamas. Quase o mesmo que achar que todos os espanhóis são a ETA. Arrisco dizer quase ignorância.

    Achar que só os palestinianos sofrem com este conflito é, arrisco dizer, quase hipocrisia.

    Achar que que eu tomo um dos lados (ainda por cima o de Isarel) é não ter lido mais nenhum post do blog.

    Achar que deste blog estamos a fazer jornalismo... ok, pode ser falta de esclarecimento. Não estamos. Estamos aqui a transcrever uma viagem, uma experiência, tentando transparecer as vivências e as emoções por que passámos. Se a escrito é melodramática, lamento, mas o que vimos foi muitas vezes chocante e é impossivel ficar indiferente. E felizmente, não estamos a fazer notícias, nem reportagens, estamos a contar. As nossas histórias e as dos que estiveram connosco.

    E tomar este post, este blog, ou qualquer outra coisa que escrevo por uma representação do jornalismo é injusto para toda a classe.

    Em todo o caso, agradeço os comentários. Fomentam a discussão.

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  7. Morte à "Palestina" e ao nazi-hamastão.

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  8. senão se trata de jornalismo então não ponham no cabeçalho do blogue "3 jornalistas na Palestina". ponham algo como "3 europeias passeiam entre os pobres israelitas que tanto sofrem com os maus palestinianos".

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