quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Falsa Partida

Voar de Lisboa para Telavive



Com o conflito de Gaza ao rubro, partir para a Palestina pode parecer quase uma loucura. Afinal, com o número de mortos e o nível de violência a subir a cada dia que passa, é quase impossível não passar pelo nosso espírito um certo receio pelo que nos possa acontecer.

Mesmo assim apanhámos bem cedo, em Lisboa, no aeroporto da Portela, o voo em direcção a Madrid. Dentro de nós a agitação característica de quem, primeiro, vai viajar e, segundo, tem como destino um cenário problemático.

No avião, éramos cinco portugueses ávidos de informação. “Já leste este artigo de opinião sobre Gaza?”, “Ouviste as notícias da manhã na rádio?”. Falavam de um ataque ao norte de Israel vindo do sul do Líbano. E nós que íamos aterrar em Telavive.

Chegámos a Barajas com 40 minutos de atraso. Corremos rumo à porta de embarque, para o voo que nos ia levar ao Estado hebraico. Contávamos ainda que nos fossem revistar toda a bagagem de mão. Não revistaram. Porque chegámos tarde demais. O avião ia partir.

E nós ficámos em terra.


Marta Velho

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