terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O microfone aos Palestinianos

Para quem quiser ouvir

"Eu não quero que ninguém me alimente, ninguém que me dê água, que me tire dos sítios onde quero estar. Prefiro ser eu a tomar conta de mim. Isto pode parecer ridículo, mas é assim que vejo as coisas. Eu até sou do tipo de pessoas que se sente satisfeita com o que tem. Israel está aqui e não vai sair. Está nas nossas terras e vai continuar a estar. Acredita que o caminho não passaria totalmente por deixar de lutar, mas por agora seria jogar o jogo deles. Ok, parem de arranjar desculpas para ocupar cada vez mais as nossas terras e para matar cada vez mais palestinianos. Parem com isso. Levem o que quiserem e deixem-nos com o pouco que ainda temos." Jabra

"Precisamos que alguns colonatos sejam removidos. Também precisamos de sermos nós a tomar conta da nossa terra. Não podemos ter uma Cijordânia dividida em duzentos pedaços. Se eu tiver de ir de Belém a Ramallah são 20 minutos a conduzir. Agora demoro cerca de duas horas, a passar por centenas de postos de controlos e a seguir inúmeros desvios. Para eu me sentir satisfeito, tinha que poder mover-me no meu país. Sejam quais forem as fronteiras com as quais acabe por concordar mais tarde, eu quero poder viajar livremente, sem nunca ter que pedir permissão a ninguém para ir a nenhum lugar do mundo. Eu não quero negociar com niguém o poder movimentar-me no meu país. Eu um direito simples e primário que tenho se me quiser considerar com um cidadão de um país chamado Palestina." Nicola

"Para mim, uma solução que satisfaça ambos os lados não existe. Mas acredito que eles talvez considerem a possibilidade de nos dar a Cijordânia e Gaza. Se nos aceitarmos isso, vamos acabar por abrir mão de imensas coisas. Primeiro, os direitos dos refugiados, seria abdicar deles, não admitindo que eles pudessem voltar. Depois existe ainda a questão do abastecimento de água e, claro, o problema de Jerusalém e o facto de não conseguirmo ir livremente a qualquer zona sob o controlo de Israel." Daniela

"No meu ponto de vista, toda a gente devia ter o direito de poder viajar livremente. Espero que todos os postos de controlo, todas as fronteiras fechadas, todas as restrições possam vir a ser removidas, para que possamos ir a certos lugares da Palestina, do nosso país, onde nunca estivemos." Jasmine

"Imaginem uma cassa onde vocês morassem. Um dia vinham estranhos atirar-vos dali para fora. Vocês lutavam com eles e concordavam - ok, fiquem com a casa, nós contentamo-nos com um quarto. O tempo passava, tinham filhos e começavam a perguntar-se a vocês próprios - mas porque tenho de ficar só com este quarto, se a casa é minha porque não posso ter acesso a todas as divisórias? É uma questão que temos de ter bem presente antes de podermos falar sobre o que se está a passar. Se eu fosse a Portugal e quisesse ficar com a vossa terra e deixar-vos só uma pequena parte, vocês aceitavam?" Leith

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